Apesar disto, o texto é igualmente uma das formas principais da comunicação assíncrona, ou desfasada no tempo, entre seres humanos, que tem como exemplos, os livros, os jornais, as revistas, as mensagens de SMS, entre outros.
Quando falamos de conteúdo textual na área da interacção Homem-Máquina, este pode assumir uma de três formas possíveis:
- Texto não-formatado (plain text) - o número de caracteres disponíveis, condicionado pelo conjunto de caracteres escolhido, é limitado, a dimensão dos caracteres é fixa e apenas existe uma forma e um estilo disponíveis ( por exemplo, o texto produzido pelo Notepad do MS Windows). Quanto à representação de texto não-formatado recorre apenas a conjuntos de caracteres;
- Texto formatado (rich text) – neste tipo de texto a aparência é mais rica, e existem vários tipos de letra e dimensões para os caracteres (ou seja, mais opções de formatação). A aparência do texto no ecrã pode ser idêntica à aparência em páginas impressas (por exemplo, o texto produzido pelo MS Word). A representação deste tipo de texto recorre a formatos para documentos, sejam formatos para a descrição de estrutura ou formatos para a descrição de páginas;
- Hipertexto - é o termo que remete a um texto em formato digital, ao qual agrega-se outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos, palavras, imagens ou sons, cujo acesso se dá através de referências específicas denominadas hiperligações, ou simplesmente links;
Representação de texto
A distinção entre conteúdo e aparência é útil, porque permite analisar separadamente estas duas qualidades do texto.
Por conteúdo entende-se os caracteres que constituem as palavras e outras unidades de pontuação ou simbólicas. Enquanto que por aparência entende-se o conjunto de atributos visuais, tais como a forma dos caracteres e as suas dimensões, e a forma como o conteúdo se dispõe no ecrã ou numa página, isto é, o layout.
Representação do conteúdo textual
Em termos de conteúdo, o texto é constituído por caracteres abstractos que se agrupam em alfabetos. Uma curiosidade destes alfabetos é estes tratarem ambas as versões, maiúscula e minúscula, do mesmo carácter abstracto como caracteres diferentes. O alfabeto sobre o qual o conjunto de caracteres opera designa-se normalmente por reportório de caracteres (Chapman & Chapman, 2000).
A tradução continua de um texto codificado num determinado conjunto de caracteres adoptado por um fabricante para outro conjunto de caracteres, adoptado por outro fabricante, não é aceitável – pelo que é necessário um conjunto de caracte
res normalizado que permite evitar as incompatibilidades entre diferentes sistemas e resultante corrupção linguística do texto.
A primeira solução para este problema foi o conjunto de caracteres normalizado “ASCII” (American Standart Code for Information Interchange), criado nos EUA, pelo que apenas se adequa à língua inglesa. Este conjunto de caracteres tem sido a norma dominante desde 1970. O “ASCII” utiliza 7 bits(ver fig.1) para representar cada código, o que significa que consegue representar 128 caracteres diferentes. Quando o “ASCII” foi adoptado como uma norma internacional pela ISO (Organização que produz e aprova normas internacionais na maioria das áreas técnicas) em 1972, com a designação ISO 646, foi ampliado com um conjunto de variantes nacionais, de forma a suportar um conjunto mais alargado de caracteres. Durante a década de 80 do séc. XX procedeu-se á normalização dos conjuntos de caracteres de 8 bits(ver fig.2), tendo sido produzida a norma ISO 8859, que acomodava um conjunto de variantes para idiomas relacionados geograficamente. A primeira parte desta norma, ISO 8859-1, designada por ISO Latin 1, continha o conjunto de caracteres de 8 bits utilizado na maioria dos países da Europa Ocidental. Os códigos 0 a 127 da ISO 8859 correspondem ao ASCII de 7 bits e os códigos 128 a 255 contêm códigos para os idiomas da Europa Ocidental.
No código ASCII o código para “H” é 01001
000 e para “E” é 01100101.
A mensagem “Hello” pode ser representada como
01001000 01100101 01101100 01101100 01101111 00101110.
Operações de Processamento de Texto
As operações de processamento de texto são geralmente implementadas por aplicações que se designam por processadores de texto. De uma forma geral, o processador de texto fornece uma interface gráfica que apresenta, em cada instante, o aspecto real do documento.
(Fig.1)
(Fig.2)
Bibliografia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hiperliga%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hipertexto
http://tiposdemedia.blogspot.com/
Ribeiro, N. MULTIMÉDIA e TECNOLOGIAS INTERACTIVAS. 2ªedição actualizada, FCA
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